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Cidade (In)visível mapeia espaços de Goiânia0 comentário

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Publicado em 30/10/2017 22:06

 

Tai Mendes


Quando uma cidade cresce e a rotina fica mais corrida, é comum que as pessoas deixem de apreciar espaços e elementos que compõem o território urbano coletivo. Diante dessa percepção, o projeto Cidade (In)visível estimula o registro da localização de patrimônio arquitetônico art déco, árvores frutíferas, edificações abandonadas e arte urbana, em Goiânia, por meio de mapeamento digital. Com apoio do Fundo de Arte e Cultura de Goiás, a Sobreurbana realizou a etapa inicial do trabalho, que está disponível em website aberto à colaboração da população: www.goianiacidadeinvisivel.com.br .

  

A concepção do projeto Cidade (In)visível parte do princípio de que só se tem afeto e cuidado por aquilo que se conhece. “Goiânia possui um importante patrimônio art déco, que boa parte da população desconhece, e o mapeamento é uma estratégia de sensibilização para a sua preservação”, comenta a arquiteta urbanista Carol Farias, cofundadora da Sobreurbana.

 

Também vão sendo invisibilizados na cidade os chamados “vazios urbanos”, áreas ou edificações inutilizadas ou subutilizadas que representam desperdício de espaço e infraestrutura. Para Carol Farias, são pontos deflagradores de violência urbana que precisam ser conhecidos para serem discutidos, apropriados e reconvertidos para alguma função social. “Em novembro de 2016, a Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em primeira votação, lei que propõe que os vazios urbanos sejam destinados a projetos de Economia Criativa”, lembra.

 

Já a arte urbana cumpre o papel de dar vazão à voz e sentimentos da juventude, muitas vezes reprimida na sociedade. Goiânia possui um acervo respeitável de arte urbana, que elevou alguns de seus artistas ao reconhecimento internacional, como Kboco e Bicicleta sem Freio. No entanto, boa parte dessa arte, especialmente aquela ainda marginal, está disponível em becos e áreas de pequeno acesso.

 

O Museu Zoroastro Artiaga, localizado na Praça Cívica, está cercado de mangueiras. No Setor Universitário, tem cajueiro na Rua 227 e mamoeiro na 1ª Avenida. Jambo do Pará podem ser encontrados no Setor Bueno e Parque Amazonas. “Precisamos respeitar e valorizar a vegetação contida entre os espaços construídos. As árvores frutíferas são importantes elos de ligação entre as pessoas e essa natureza”, opina a arquiteta urbanista.

 

Para quem acessar o site, o mapa digital Cidade (In)visivel poderá se revelar como uma maneira interessante de reconhecimento de Goiânia. A ferramenta foi criada em código aberto para que possa ser livremente utilizada por qualquer pessoa. “O mapeamento vai se tornar cada vez mais atrativo à medida que os dados forem sendo publicados, a partir da colaboração de seus usuários. Este é o nosso desafio”, ressalta o jornalista André Gonçalves, cofundador da Sobreurbana.

 

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