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Entrevista: Paulo Betti0 comentário

Entrevista

Publicado em 24/03/2017 18:46

 

Paulo Betti apresenta em Goiânia neste sábado (25) e domingo (26), no Teatro Madre Esperança Garrido, o espetáculo "Autobiografia Autorizada", em turnê do projeto Vivo EnCena. Após a sessão de sábado, o público poderá conversar com o artista em bate-papo. Os ingressos custam R$ 70,00 (inteira) e R$ 35,00 (meia). Eles podem ser comprados no site Compre Ingressos, Submarino Festas (3261-1775), Komiketo da T-4 (3255-4040) ou pelo Call Center (4052-0016).

 

Conversamos com Paulo por WhatsApp sobre o espetáculo, sobre a expectativa de contato com o público na cidade e sobre outros projetos, como o personagem Haroldo da novela "Rock Story" e o filme "A Fera na Selva". Confira!


Confira na íntegra




Como tem sido comemorar 40 anos de carreira como ator?

Comemorar 40 anos de teatro é um privilégio, né? Me deixa muito feliz, ainda mais porque eu consegui fazer essa peça, onde eu conto um pouco a história da minha família e a história da minha família é, também, um pouco da história da imigração italiana no Brasil. É um pouco a história da negritude. Eu fui criado num bairro negro, onde havia uma espécie de quilombo. Então eu estou muito feliz com a possibilidade de levar isso, de fazer essa turnê com essa peça, onde eu enfatizo, também, o valor da família, da unidade familiar, o valor da escola pública, que é muito presente na minha formação, então realmente é uma alegria poder fazer uma comemoração. Eu nem pensei em comemorar nada, foi na hora de lançar o espetáculo, há três anos atrás, porque agora já são 43 anos, há três anos atrás o divulgador da peça, o relações-públicas, falou assim: "olha, eu fiz as contas aqui e você está fazendo 40 anos. Isso é muito bom pra divulgar, tal" (risos). Porque na realidade eu não pensei nisso não. Fazer essa peça foi uma necessidade interior muito grande de contar a extraordinária história da minha família, que a minha mãe teve 15 filhos e eram camponeses, trabalhavam na roça. A minha mãe era analfabeta, o meu pai era semianalfabeto. Eu não sei, eu acho que pode ser interessante compartilhar essa trajetória e histórias pessoais, história de vida também sempre muito boas, né? E eu conto de uma forma divertida. Estou descobrindo esse lado meu de contador de histórias. As pessoas gostam de me ouvir contando histórias. Eu tenho que assumir que eu acho que eu sei fazer isso.


Quando você escrevia na adolescência e, depois, para o jornal Cruzeiro do Sul, imaginava que no futuro iria transformar as suas memórias em uma biografia para o teatro?

Eu tive a sorte de escrever pro jornal, mas ao mesmo tempo era uma espécie de psicanálise o que eu estava fazendo, né? Graças a Deus eu tive essa iniciativa desse menino de escrever minhas sensações, o que eu estava vendo, aquilo que estava acontecendo. Então quando eu decidi fazer a peça, que foi uma necessidade de última hora, eu tinha conseguido até quem patrocinasse. Na realidade eu ia fazer uma outra peça de um amigo meu, quando essa minha atropelou. Esse desejo meu de contar a história da minha família e de mergulhar nesses cadernões, em todo esse baú de emoções e de sensações da minha família, da minha infância, da minha adolescência, então isso foi mais forte e fez com que eu fizesse a peça, mas eu nunca tinha planejado isso.


O espetáculo é um dos projetos selecionados pelo Vivo Encena e em cada cidade há um momento de bate-papo com o público. Qual é a sua expectativa para o encontro em Goiânia?

Então, geralmente, quando acaba o espetáculo em todas as cidades, fica um grupo ali de amigos, de pessoas que querem tirar uma foto, fãs e tal, eu quero ver se aí em Goiânia isso se transforma num encontro mais assim, continuar a peça de uma certa maneira, só que agora trazendo para o momento atual, discutindo questões atuais e, principalmente, eu quero falar do filme "A Fera na Selva". Eu quero falar com os jovens e com os professores sobre uma escola de teatro que eu estou querendo fazer aqui no Rio de Janeiro, já tem a Casa da Gávea, que é um projeto que eu desenvolvo há muito tempo, mas mais do que tudo eu gostaria de abrir um espaço depois pra falar do filme "A Fera na Selva" e tentar criar um sistema pra lançar o filme em Goiânia.


Além de viajar pelo país com o espetáculo, você está no ar em “Rock Story“ e finalizando o longa-metragem “A Fera na Selva”. Como estão os trabalhos?

Eu estou no Rock Story e eu adoro fazer o Rock Story, meu personagem Haroldo. Estou aí vivenciando esse personagem e gosto de viver um homem do bem, compreensivo, vivendo os problemas dos homens brasileiros, donos, por exemplo, de uma churrascaria. Quem está no comércio sabe as dificuldades que todos no Brasil estamos enfrentando. Eu tenho um prazer enorme de trabalhar em uma obra assim, que é vista por todo o Brasil, né? Então você que me assiste em Rock Story, por favor, venha me ver no teatro, que é uma história de amor também, aquela que eu conto no teatro, que é a história da minha infância e vida, a minha adolescência. É um olhar bem-humorado, cômico, apaixonado, poetizado sobre esse período da minha infância, que acho que faz uma ponte com o momento atual também, com as pessoas, com o coração de cada uma.


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