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Entrevista: Rafael Magalhães, autor de Precisava Escrever0 comentário

Entrevista

Publicado em 22/11/2016 01:01

Rafael Magalhães
 

Os números e as referências sobre o jovem escritor goiano Rafael Magalhães impressionam. Com apenas 29 anos, ele já publicou dois livros e está preparando o terceiro. Tem 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais, entre Instagram e Facebook, sendo conhecido como "Precisava Escrever".  O seu site, que inicialmente era um blog, já tem até loja virtual. Compôs com o Matheus, da dupla com Kauan, a música "Vim pra Ficar", e já tem uma segunda canção gravada pelo Jefferson Moraes. Ele tem viajado o país praticamente todas as semanas para participar de sessões de autógrafos e bate-papo com os fãs. Até dezembro, ele pretende inaugurar a sua primeira loja física em Goiânia, para vender os seus livros. De professor de Educação Física e diretor de escola, Rafael se transformou em badalado escritor e fonte de inspiração para muita gente em razão das suas crônicas e frases. Enquanto ele prepara o seu terceiro livro, previsto para ser lançado em março do próximo ano, conversamos com ele por Whatsapp sobre a sua história, sobre a mudança em sua vida, sobre os seus projetos e sobre a produção independente dos livros. Aperte o play e confira!


Confira na íntegra




Conte pra gente um pouquinho da sua história! Você sempre escreveu, mas foi durante o discurso que fez no casamento do seu irmão que veio o "start" de criar o blog e compartilhar os seus textos?

E aí, pessoal, tudo bem? Então, é verdade. Eu sempre tive o hábito, eu sempre gostei de escrever, mas a vida inteira foi um hobby, uma coisa meio secreta, meio que eu guardava pra mim. Não sei se por timidez. Na verdade, eu acho que porque eu não sabia que as coisas que eu escrevia eram boas, que podiam fazer sentido pra outras pessoas também. Eu gosto de contar essa experiência do casamento do meu irmão porque foi a primeira vez que eu tive coragem de ler um texto meu, que eu escrevi pra ele. Li na igreja, lá na frente, no altar. Li pra todo mundo, então foi pra pessoas desconhecidas, e a igreja inteira se emocionou. Foi um dos momentos marcantes que eu percebi que esses meus textos poderiam fazer sentido pra outras pessoas também. Ali foi um grande marco pra mim, foi um empurrão pra começar a divulgar os meus textos.


Você costuma contar que durante anos você foi o único visitante do seu blog. Como isso mudou? Foi a partir da criação do perfil nas redes sociais?

Isso, o meu blog foi criado em 2011 e até 2013, por cerca de três anos, eu fui a única pessoa que entrei lá, porque realmente eu não divulgava. Antes disso, eu costumava escrever muito em cadernos, a mão livre, mas eu perdia muitos textos, não conseguia guardar por muito tempo. Aí o blog foi uma ferramenta que eu encontrei de arquivar os textos. Durante esses três anos, já chamava "Precisava Escrever", mas era um diário, era uma coisa bem pessoal, eu não divulgava. Na verdade, o blog já existia, eu só passei a divulgá-lo. Comecei nas redes sociais, na época ainda existia o Orkut, Twitter e, principalmente, no Facebook. Aí depois que começou a fazer sucesso no Facebook, que eu levei pro Instagram, que foi onde tudo começou a ficar maior e crescer rápido.


Você era professor de Educação Física. Quando percebeu que precisaria se dedicar exclusivamente ao "Precisava Escrever"?

Eu continuei como professor de Educação Física até outubro de 2015, do ano passado. Foi quando eu marquei a data do lançamento do meu segundo livro. O primeiro livro já foi bem trabalhoso eu conciliar as minhas responsabilidades como professor, como diretor de escola, com o primeiro livro. Quando foi acontecer de lançar o segundo, eu cheguei à conclusão que não daria conta de administrar os compromissos de dois livros e mais tudo aquilo que vinha surgindo por conta dos textos, junto com a escola. Então, inicialmente, quando eu lancei o primeiro livro eu parei de dar aula de personal, saí da academia, continuei só na escola, e aí em outubro do passado eu pedi uma licença e passei a me dedicar exclusivamente à carreira de escritor.


Com 29 anos você já tem mais 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais, já publicou dois livros, já compôs música e tem viajado o país para divulgar o seu trabalho. Como você lida com toda essa mudança em sua vida?

Olha, eu vejo isso tudo com muita naturalidade, essa mudança que aconteceu na minha vida. Eu tento, eu costumo dizer que aquele número, esse número de 1,5 milhão de pessoas, de seguidores, eu acredito que é uma coisa passageira. Essas redes sociais todas elas chegam e com um tempo elas acabam, então eu acho que isso vai acontecer com Instagram, com o Face um dia, então eu tento não me iludir com isso, mas eu tenho a certeza que o meu talento pra escrever, o meu gosto pela escrita, que os leitores que eu estou conquistando nesse tempo eles vão me acompanhar a maioria deles. Mesmo que as redes sociais mudem, mesmo que eu continue só no livro físico. Então a mudança pra mim é muito natural. Continuo morando no mesmo lugar, tenho os mesmos amigos. Eu sou um rapaz muito tranquilo. O que, graças a Deus, tudo isso, toda essa mudança aconteceu num momento em que eu já tenho maturidade pra saber escolher. Abriram várias portas e eu acho que eu estou sabendo escolher por quais entrar e quais não entrar, então eu acredito que a mudança na minha vida não foi tão grande assim e a parte que mudou eu consegui me controlar bem.


Por falar em música, fale pra gente sobre a música "Vim pra Ficar", que você compôs com o Matheus, da dupla Matheus e Kauan. Seus fãs podem esperar novas composições?

A música "Vim pra Ficar" eu escrevi junto com o Matheus, um dos vocalistas da dupla Matheus e Kauan, que é meu amigo. A gente acabou se tornando amigo por ele gostar dos meus textos e eu gostar da dupla. A gente se conheceu aqui em Goiânia e acabamos nos tornamos amigos pessoais mesmo. E um dia eu fui num churrasco na casa dele e ele estava tocando violão, eu peguei o meu primeiro livro e li uma crônica e falei: "Matheus, eu acho que essa crônica tem cara de música". Ele concordou e a gente sentou e começou a tentar transformar a crônica em música. Aí depois de algum tempo, pelo talento gigantesco que o Matheus tem, virou a "Vim pra Ficar", que é uma música que eles gravaram agora, no DVD "Na Praia 2". Ela ainda não foi lançada, mas será em breve, e com certeza eu gostei muito, foi uma experiência muito legal e eu espero continuar nessa carreira de compositor. Agora no final do mês, o cantor Jeferson Moraes já gravou uma segunda música que tem a participação minha na composição e vou seguir adiante. Acho que tudo que eu escrevo nos livros, nas crônicas, são boas histórias e podem virar boas músicas também.


O seu terceiro livro está previsto para ser lançado em março de 2017. Como estão preparativos?

O terceiro livro, eu acredito que já esteja num processo 70% dele concluído. Agora eu estou terminando o conteúdo inédito, que todo livro tem além das crônicas já postadas. Eu sempre coloco material inédito. Aí vai pro processo de ilustração, de última correção, escolher capa, essas coisas. Está dentro do prazo, eu acredito que em março a gente consiga lançar. Será o último dessa coleção. Penso de fechar essa coleção "Precisava Escrever" numa trilogia e partir do terceiro eu vou tentar escrever outros estilos. Uma coleção nova, um romance, alguma coisa diferente desse projeto do "Precisava Escrever". Vou fechar com os três livros. Acho legal a gente parar enquanto ainda o pessoal gosta, enquanto o projeto ainda está em alta. Então o "Precisava Escrever" 4, o pessoal pergunta, eu acho que não vai chegar. A gente vai parar no 3, e a minha ideia é escrever outros estilos de livros.


Os seus livros são produzidos por uma equipe própria, incluindo etapas como ilustração, diagramação, impressão e vendas. Por que você optou pelo formato independente, ao invés de contar com o suporte de uma editora?

Eu optei por esse trabalho independente, primeiro, porque quando eu fui lançar o meu primeiro livro eu já tinha mais de cem mil seguidores. Então eu acreditava que já tinha um público pra comprar o meu livro. Além disso, quando eu fui lançar o primeiro livro, eu fui atrás de algumas editoras e, por ser um escritor novo, eu recebi vários "nãos". Muita gente recusou o projeto, achavam que crônica não era comercial, que como eu já divulgava muitas das crônicas na Internet meu livro não ia vender e aí depois de todas essas dificuldades eu resolvi partir pra esse projeto independente e acredito que é um formato muito bom, muito moderno. Acho que com o poder da Internet hoje, a tendência é que cada vez mais autores independentes apareçam e eu estou levantando essa bandeira. Acho muito injusto o valor que é passado pro escritor, acho muita exploração por parte das editoras e tenho muito orgulho de estar fazendo esse trabalho independente e um livro praticamente artesanal, que sai da minha casa pra casa dos meus leitores. Acho muito legal isso e tenho muito orgulho de tudo isso!


O Natal está chegando e você lançou um kit especial de presente. Fale pra gente sobre a novidade!

O kit de Natal do "Precisava Escrever" é o produto mais aguardado do ano, porque é a segunda edição. Eu fiz esse mesmo kit, esse mesmo kit não, esse mesmo modelo de kit de Natal no final do ano passado e foi um sucesso. Esgotou rapidamente e muita gente não conseguiu comprar e ficou o ano inteiro esperando, cobrando. A gente conseguiu fazer um kit ainda mais bonito esse ano. O kit está muito bonito e agora a gente vai começar a pré-venda, começa agora em novembro, vai até o final de novembro, e a gente começa a enviar os kits pro Brasil inteiro no início de dezembro, que a ideia é que o kit chegue antes do Natal, pra ser um presente bacana de Natal. O kit vai com os dois livros, vai com marca-páginas novo muito bonito, todo em acrílico, vai com alguns quadros, pôsteres, caneta, copo. O kit vem completo, é um presente bem legal. Tenho certeza que as pessoas que comprarem ou para se presentear ou para presentear alguém vão ficar bastante satisfeitas.


Você gostaria de deixar um recado para os leitores do Arroz de Fyesta que curtem o seu trabalho?

Eu queria agradecer o Arroz de Fyesta pela oportunidade. Dizer que acompanho o trabalho de vocês já há algum tempo e que pra mim é um orgulho estar dando esta entrevista pra vocês. Mandar um abraço pros leitores do "Precisava Escrever" que acompanham o Arroz de Fyesta. Dizer que eu sou muito grato a eles por tudo que fazem por mim, por quanto mudaram a minha vida, pelos livros, que um livro independente que hoje está batendo marcas aí superiores a livros de grandes editoras. Isso pra mim é um orgulho muito grande e é tudo graças a eles. Então obrigado! Espero que o pessoal que acompanha vocês que não conheça o "Precisava Escrever" que dê uma olhada, pode procurar no Instagram, pode procurar pelo site, pelo Facebook, pelo Snap, por todas as redes sociais que vocês vão encontrar e eu tenho certeza que algumas das histórias que eu conto vão causar uma identificação grande, vai fazer você se emocionar e vai fazer você querer continuar acompanhando o "Precisava Escrever", tá bom? Um abraço do Rafa Magalhães e espero encontrá-los por aí!


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