Peça discute machismo e feminicídio | 0 comentário |
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Publicado em 20/04/2021 21:47
Uma mulher conhece um homem e eles começam a namorar. Tudo vai bem até que uma crise de ciúmes desencadeia uma série de agressões e Madalena resolve assumir o protagonismo de sua própria vida. A história narrada é o enredo da peça "#MadalenaSemFiltro", de Lays Ariozi, mas poderia ser a de uma amiga, uma vizinha, de inúmeras outras mulheres brasileiras.
Criada por Lays Ariozi e o jornalista Rodrigo Alvarez em 2021, a montagem foi pensada para ser encenada em formato digital, com a utilização de cenas ao vivo e gravadas, causando um impacto ainda maior ao espectador do outro lado da tela. Todas as cenas gravadas foram realizadas com o mínimo de pessoas necessárias no set, respeitando todos os protocolos de prevenção à Covid-19. O espetáculo é um exemplo de resiliência cultural em tempos de pandemia, quando a teatro presencial precisou se reinventar, criando uma nova linguagem.
A estreia acontece no dia 22 de abril, com apresentações até o dia 25, no canal do Youtube do espetáculo. O acesso será feito através da compra de ingressos conscientes (de R﹩0 a R﹩50), que estão disponíveis no site da Sympla. O projeto foi aprovado no edital "Retomada Cultural- RJ" e incentivado através da Lei Aldir Blanc.
A narrativa é apresentada em dois tempos: passado (no início da crise sanitária causada pela Covid-19) e presente (que na peça acontece no ano de 2023). As dores vividas pela personagem - término traumático, agressão, machismo no ambiente profissional - agravadas pela solidão do isolamento social levam Madalena a criar um diário digital, onde passa a compartilhar suas angústias, sonhos e anseios.
O roteiro desenvolve uma conexão com a Maria Madalena conhecida hoje por apóstola de Jesus e para muitos como a primeira feminista da história, mas que durante séculos foi desprezada e vista como prostituta.
O monólogo conta com trilha sonora original composta por Max Viana, direção de fotografia e edição das cenas gravadas de Tomás Ribas. No dia 23/04, sexta-feira, a sessão será acessível e contará com uma intérprete de Libras.