O estande de vendas do Botanic Consciente Life ganhará no dia 30 de janeiro o tom de galeria de arte, a partir da exposição da renomada ilustradora botânica Evandra Rocha da Silva. A abertura da exposição com 20 telas será às 18 horas e contará com a participação da artista plástica, que já teve seu trabalho exposto em diversas capitais brasileiras, além de percorrer alguns países da América Latina e da Europa.

Os quadros expostos no estande são ilustrações de espécies nativas do bioma Cerrado, temática em que ela se tornou uma referência. Evandra é conhecida nacionalmente e internacionalmente pela sua arte engajada à preservação do meio ambiente, no qual retrata, com riqueza de detalhes, a vegetação do cerrado brasileiro – maior bioma do País, que abrange, além de Goiás, mais sete Estados.

Evandra conta que se tornou ilustradora botânica em 1991. Sua filha, que mora na Alemanha há 25 anos, pediu que pintasse algum quadro para ela com referências do Brasil, pois estava com saudade da terra natal. Na ocasião, Evandra pintou uma flor do cerrado e desde então se dedica a esta atividade. “Deixei de lado meu trabalho artístico e hoje meus esforços são destinados às ilustrações do cerrado, como forma de conhecimento acadêmico, mas também como conscientização deste bioma tão importante para o país, mas que já está tão degradado”, diz a ilustradora. Evandra relata que para aperfeiçoar as técnicas de ilustrações, participou de diversas edições do Festival de Arte de Minas Gerais, de cursos do departamento de Cerrado da Universidade de São Paulo (USP), da Sociedade Botânica de Brasília e do Instituto Botânico de São Paulo.

Em reconhecimento pelo seu relevante trabalho, Evandra Rocha coleciona condecorações e premiações. Entre elas, o Prêmio Margarete Mee, entregue pela União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, em outubro do ano passado, em detrimento da obra de pesquisa e ilustrações realizadas dentro e fora do País.

Evandra tem uma ligação próxima ao Botanic Consciente Life, local em que será realizada a exposição. A ilustradora morou durante 42 anos no local onde será construído o edifício. “Minha casa foi uma das primeiras da Avenida D”, conta Evandra. A decisão de vender o terreno, explica a artista, foi mais fácil de ser tomada devido ao apelo ambiental que o projeto do empreendimento detém. “Como eu sei que no local será construído, além do prédio residencial, um bosque com vegetação nativa do cerrado, a minha decisão de vender o terreno foi mais fácil, pois sei que tem um cuidado com o meio ambiente”, relata a artista.