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Entrevista: Ana Paula Hornos, educadora financeira0 comentário

Entrevista

Publicado em 05/07/2017 01:09

 

A educação financeira deve ser trabalhada com as crianças desde o berço. Essa é a opinião da educadora financeira Ana Paula Hornos, que falou sobre o tema “Filhos e dinheiro: ensine seu filho a lidar com as finanças” na II Conferência Internacional Sobre o Bem Estar Infantil (Cisbei), realizada pela Organização De Umbiguinho a Umbigão no dia 1º de julho, em Goiânia. Ana Paula afirma que quando a pessoa não recebe esse tipo de informação na infância, com certeza vai sofrer na vida adulta. “Se a gente não ensina, a vida ensina”, destaca.

 

Para isso, ela defende um trabalho conjunto entre família e escola, com os ensinamentos em casa e aulas de educação financeira nas instituições de ensino. E, de forma bem didática, resume a educação financeira em sete princípios: Gratidão, Cuidado e respeito, valor do trabalho, doação, paciência, prioridade e, por fim, autonomia e interdependência. “É preciso que esse processo seja divertido, por meio de repetição e negociação, com respeito e empatia”.

 

Mais informações e dicas sobre o assunto podem ser no site www.anapaulahornos,com.br. Confira, abaixo, entrevista concedida ao Arroz de Fyesta.


Confira na íntegra




Tatiana Cruvinel- É importante dar início à educação financeira ainda na infância?

Ana Paula Hornos- É muito importante que o pai queira ensinar educação financeira e esteja preocupado em ensinar educação financeira para o seu filho, porque desde pequenininho a gente pode passar alguns fundamentos. Se a gente não faz isso na fase em que eles são pequenos, quando chegar na fase adulta eles vão sofrer. Porque se a gente não ensinar, a vida ensina de alguma forma. Existem comerciais, filmes que trazem o tema, toda a nossa sociedade, né? Porque o dinheiro é algo que faz parte da nossa vida. Então é de extrema importância que os pais ensinem educação financeira e estejam preocupados com isso e atentos a ensinar pros filhos isso. E que exista isso na escola também, porque a gente pode trabalhar num tripé: pais, escola e a criança. É a forma melhor de trabalhar uma criança nesse caminho.


Como começar esse trabalho?

Existem alguns fundamentos como a paciência, o saber esperar, o respeito, o cuidado, que você pode desde pequenininho. Se você perguntar na educação financeira como a mesada, a melhor idade é a partir dos sete anos de idade. Dos 7 aos 9 anos você pode introduzir a mesada como um sistema formal de se introduzir a educação financeira. Mas os fundamentos comportamentais podem ser desde pequenininhos. Devem ser, desde o berço, trabalhados.


Quais são os principais aspectos a serem trabalhados com as crianças?

A gente pode resumir educação financeira em sete princípios. Primeiro, ensinar o valor do trabalho pra eles. O quão importante é ensinar que o trabalho é algo que traz propósito de vida, que traz realização, traz resultado. E o dinheiro como consequência. O segundo, a gente pode falar na questão da gratidão. Então, eu ser agradecido pelas coisas, treinar a gratidão, me traz felicidade, me traz uma sensação de plenitude que vai me ajudar a me equilibrar nas decisões financeiras. Eu posso falar da doação, que é o fiel da balança entre a avareza ou a compra compulsiva, porque eu saio do meu egoísmo e olho por alguém. Eu doo dinheiro para alguém. Isso me ajuda também a me equilibrar emocionalmente. Eu posso falar da paciência. Saber esperar, saber economizar, poder comprar a vista mais tarde, esperar pela aquisição, treinar a paciência. Isso também me dá mais sucesso na minha vida profissional, a paciência. Eu posso falar da priorização. Saber priorizar necessidade e desejo, as escolhas. E ensinar autonomia e interdependência para a criança. Ou seja, se eu pratico a mesada, eu sei usar aquele dinheiro. E eu sei que estou dentro de uma realidade familiar que tem um orçamento doméstico e eu não funciono sozinho.


Como definir as regras da mesada?

O primeiro passo é você sentar com a criança e conversar com ela pra quê essa mesada vai ser usada. Então, estabelecer as bordas. Você vai ver: na escola, é na cantina que eu quero que meu filho pratique o uso da mesada. Porque mesada não é só pra guardar. Mesada é pra ser usada, né? Então você tem que identificar com a criança onde ela vai usar no mês aquele valor. É na cantina, é no cinema, é pra fazer alguma coleção de figurinhas... Quais são os elementos que vão estar na autonomia da criança. Através disso você vai decidir, então, as bordas do valor que você vai adotar com a criança. Então, qual é a minha realidade familiar? Em que sociedade ou escola ela vive, quais são os custos de vida da minha cidade, dos valores que ela precisa gastar? E aí, com ela, eu vou estabelecer o valor justo. Justo de justiça e justo de apertado, pra que ela tenha um número para lidar durante o mês.


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